12.11.07

sonhando

Encantamento ao te ver ali a sorver-me os caldos, sou a provedora que te sacia, a presa que te mata a fome, banquete e banqueteada, nosso festim de ais e silêncios, tua boca a desvendar-me os sabores todos - amor e lágrimas comovidas-, em reverência e posse te debruças e me entrego mansa. Tua língua a abrir caminhos que eu sigo tonta, lucidez e desejo escorrendo rio caudaloso em que me lavo e te banho, soçobramos juntos, à tona voltamos para mergulhar em beijo úmido porque eu quero em mim o meu gosto em ti; água, azeite, mesclados mas ainda sou eu e é você, e nessa hora, nós.

leftovers

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