20.1.03

Empolgado como o caso do cara que diz que foi o primeirão da Thaís Ventura vou contar a minha história. Ela rolou no show que Sandy e Júnior fizeram em Uberlândia no ano passado. Naquele tempo eu estava trabalhando em uma empresa de montagem de palco de BH. O backstage era especial porque tinha uma cara de exigências e uma delas é que o banheiro deles, uma para cada, fosse especial com piso frio, chuveiro, bem iluminado. Nem pensar em banheiro químico ou container. Tivemos que fazer os dois alí mesmo. Não fui eu que montei o banheiro da Sandy mas na noite do show estava de plantão pra qualquer problema porque nada poderia dar errado.

Quase uma hora e meia antes de começar o show me avisaram que o banheiro da Sandy estava com problemas. Fui lá dar uma olhada e realmente não havia água na descarga. Todo o sistema era controlado por válvulas elétricas que ficavam dentro de um grande armário disfarçado debaixo da pia. Me enfiei lá e estava fazendo meus testes quando percebi que alguém tinha entrado no banheiro meio que com pressa. Apaguei a lanterna. Por uma frestinha eu vi que era a Sandy que falou alguma coisa com alguém do lado de fora e fechou a porta por dentro. Meu, eu fiquei quietinho que não era besta nem nada e pensei que ia rolar uma mijadinha rápida. Ela já estava maquiada, lindinha, arriou o jeans e estava sem calcinha. Sentou no trono e ficou lá com uma revista na mão. De vez em quando dava um gemidinho e soltava uns peidinhos. Aí eu vi que a coisa era séria e demorada.
Eu me senti o cara mais idiota do mundo, alí enfiado no armário assisitindo a Sandy dar o seu barrinho e logo comecei a suar frio: as camareiras não tinham colocado papel higiênico no suporte. Logo, ela iria procurar no armário. Armário=ZeCA escondido e eu estava fudido se ela me pega lá. Do lado do vaso tinha um outro armário e eu fiquei ali rezando pra que ela procurasse por lá.

A coisa tava séria pro lado dela porque rolou uma peidorreira daquelas barulhentas. Tinha ar condicionado mas ela tava suando e de vez em quando se abanava com a revista. O cheiro estava ficando insuportável e mais uma vez gelei frio imaginando que ela fosse procurar um Bom Ar no armário onde eu estava. Eu queria era sumir dali, virar pó, sei lá. e a peidorreira dela aumentando. O mais interessante mesmo eram os gemidinhos que ela dava pra fazer força. Isso me dava vontade de rir mas eu estava aguentando firme. Aí, de repente, rolou aquela enxurrada que deve ter lavado o vaso de merda. Mais uns dois ou três peidinhos de final e começou o meu martírio: ela começou a procurar o papel. Soltou um inesperado -merda- quando não viu o rolo no suporte. Primeiro olhou para o armário que eu estava, depois esticou o braço e abriu o do seu lado onde tinha de tudo o que precisava. Acho que gastou quase meio rolo se limpando. Acionou a descarga e....nada, claro. Depois foi para o lavatório, soltou mais um peidinho, lavou as mãos e saiu.

Eu ali de baixo acionei a válvula elétrica que estava com um probleminha de mau contato. Alguns instantes depois, quando me preparava para sair, entrou meu chefe com uma produtora putésima da cara, falando que ninguém havia consertado o banheiro. Ele foi lá, acionou a válvula e ela ficou com a maior cara de tacho.

Bom, eu só saí do meu esconderijo depois que ouvi os dois cantando no palco.
Foi isso. Contei isso apenas para um camarada que ficou maluco comigo e me cobrou que eu devia ter guardado o papel que ela tinha limpado a bundinha ou um trocinho para guardar no álcool. Ele dizia que devia ter maluco pra comprar essas coisas e eu disse que mais maluco era quem guardava.
Abraços,

ZeCA

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