Acho até Ok e très chic bombardear uma clínica de aborto (ouço os pacifistas indignados: mas e as criancinhas?), mas queria que alguém inaugurasse o digno esporte de explodir clínicas de cirurgia plástica estética. Essas clínicas pegam mulheres bonitas, feias e insossas e as igualam na feiúra peituda. E os seios saem excessivamente redondos, como uma bexiga cheia de água, e às vezes, repare bem, até quadrados. O sorriso de uma mulher que colocou silicone nos seios é sempre feio.
Querer uma mulher siliconada é parafilia. É como querer uma mulher chamada Edinéia. Elas são mostradas no alto dos carros alegóricos justamente para causar o frisson do horror - é a nossa versão dos freak shows americanos. Os camarotes VIP também são a nossa versão dos freak shows americanos. Bem, temos muitas versões de freak shows americanos: nosso presidente engole seus próprios dedos, um a cada 50 anos.
Nenhuma mulher que se balança pelada num carro alegórico tem mente. Foram criadas num buraco de um metro de largura por dois de profundidade, onde ficam pulando à espera de comida (carne crua), como as criaturas monstruosas em O Caso de Charles Dexter Ward, de Lovecraft.
Sem contar que me dá nojo. O silicone, digo. Bom, acho que a todos nós... Tenho a impressão que se uma mulher dessas chegasse perto de mim, com sua cara amassada (elas têm sempre a cara amassada, devem apanhar muito), eu cutucaria o seio dela com um galho comprido.
Homens que gostam de seios siliconados gostam exatamente disso, de seios siliconados – e não propriamente de mulher.
Alexandre Soares Silva
28.2.03
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