30.3.03

Na minha tpm...

sinto uma absurda necessidade de sexo, preciso de doces muito doces, não ligo para chocolate, não ligo para faculdade, não ligo para homens, não ligo para mulheres, não ligo para família. Surto a cada 3 segundos pelos mais diversos motivos. Destruo o dia de minha mãe. Aliás, deságuo toda a mágoa recém-criada em minha mãe. Sempre nela. Também choro assistindo às novelas, ao mais recente comercial da BomBril e a escrotidões do gênero. Se contam, porém, que alguém muito próximo está fodido, morto ou mal-pago, rio e gargalho tal qual uma louca. Realizo as mais absurdas compras, e corto os cabelos dos mais absurdos modos, e profiro as mais absurdas frases. Os olhos ficam esbugalhados, as roupas justas, o andar pesado e firme de quem sabe o que quer. E nunca sei. E nunca quero. Nada. Já briguei com todos os meus namorados em épocas assim. Já tentei, em vão, enforcar minha mãe em frente ao médico. Já protagonizei barracos em feiras, shoppings, restaurantes, ruas, avenidas, casas, quartos, salas, banheiros. Já disse coisas que ninguém diria. Já soquei uma menina que sofria de glaucoma. Já chutei minha cama, minha parede, minhas cadelas.

Antroposofia, óleo de peixe, óleo de prímula, acupuntura, pílulas anticoncepcionais, pílulas que vetam a menstruação, antidepressivos, ansiolíticos, medicina chinesa, fórmulas ginecológicas. Tudo uma grande bobagem diante desta bomba relógio do caralho. Portanto, meus queridos, não torrem meus preciosos colhões nessa época. Ela passa, mas talvez suas cicatrizes não possuam a mesma sorte.

hormônios em ebulição da Juliana não tem epidímio

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