Nas últimas horas eu:
- Quase matei um nerdis filho da puta de Francisco Beltrão [essa porra tá no mapa?], estudante do Cefet, que tentou ferrar a minha pouca dignidade no trabalho. Ele conheceu a minha fúria, pois pra quem nunca tinha ouvido nada mais além de "bom dia" e "tchau", eu escrachei o mané bonito!
- Perdi a carteirinha da Biblioteca.
- Tomei chuva.
- Vegetei durante as aulas.
- Troquei um longo silêncio de quatro horas com um menino que estava louco pra falar comigo, e eu com ele, mas nada rolou.
- Reafirmei dentro de mim: curitibano é uma merda.
- Me expressei com um grunge lindo, maravilhoso, gostoso e lolito, mas isso não vem ao caso.
- O Gaúcho ligou atrás de mim desesperado [palavras da minha mãe], perguntando pela quadragésima vez o número do meu celular, que ele sabe que eu não tenho, nem nunca vou ter, porque sou contra o telefone.
- Então era por isso que sonhei com aquele merda dois dias seguidos.
- Cheguei em casa sóbria, cansada, mas feliz por ter resistido ao chamado da cerveja.
- Meu pai me expulsou pela cagagésima vez de casa, só por que eu disse que não vou às 8 da manhã na porra da dentista, concertar a porra do dente que tanto me incomoda.
- Gritei com o meu pai. Se quer respeito, se dê ao respeito.
- Ele gritou comigo.
- Eu gritei mais alto, se é pra acordar os putos dos vizinhos e fazer aquele barraco, me chama que eu vou, você é meu pai, mas não me conhece nem um bocadinho assim.
- Portas bateram.
- Minha mãe tentou gritar comigo.
- Mas eu gritei mais umas três mil vezes, com meu pai de porta fechada, com minha mãe no meio do tiroteio, com a porra dos vizinhos, com Deus, com o teto e com o espelho! Eu estava possuída!
- Fiquei rouca e histérica.
- Dei risada escondido, como são manés esses meus pais.
- Quer dizer que chegar vomitando no pé deles, podre de bêbada, pode, que não levo bronca.
- Mas dizer que não vou à dentista, quase me matam.
- E ainda ameaço: pode me chamar do que for, façam o diabo, mas se levantarem um dedo pra mim, todo mundo vai passar a noite tomando café na degacia.
- Porra de família desequilibrada!
- Prazer, meu nome é Daniele. Libriana equilibrada de cú é rola.
- E barraco é meu sobrenome.
Ohh Baby, Don't Forget the Alcohol
13.3.03
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