29.4.03

Meu pais e meu irmão vieram ao meu casamento. Minha mãe chegou dia 16 e meu pai e meu brother dia 21. Com minha mãe não tive problemas, a gente ficou nessa de fazer lembrancinhas de casamento, dar um toque especial no vestido, bater papo e dar umas voltas no centro. Com a chegada do meu pai e do meu irmão começou o inferno: Eles queriam ir pra lá e pra cá, turistas mesmo e eu tinha que ir junto, deixando de descansar, de pensar na festa, de ligar pros meus amigos. O resultado foram inúmeras brigas justo quando eu necessitava de um pouco de paz.

Tive desentendimentos com o Dani, não brigas, mas foi foda. Com meus melhores amigos idem e eu achando que estava fazendo a coisa certa e nada, o resultado era dar mancada com minha família e com meus amigos. Sabe quando você se sente um lixo, uma merda mesmo e não consegue fazer nada certo? Pois foram assim meus últimos dias de solteira, uma bosta total.

Na festa, que era um almoço dos bons, eu e Dani nos sentamos na mesa central. Imaginem um U com os noivos no centro e os convidados nas "pernas" do U. Meus pais estavam do meu lado, perto, mas a nossa mesa era destacada, não fazia o angulo. Minha família estava naquela de não entender nada, não curtir, não sorrir. Minha mãe é bem mais amigável e até que se divertia, mas meu pai criticava quanto vinho ela bebia e ficava, a cada prato, perguntando se era bom, como se ela fosse uma cobaia de corte que experimenta e diz pro rei que não tem veneno. Meu irmão se sentou no meio dos dois e quando eu me sentei a primeira frase que ele disse foi, ao ver somente vinho nas mesas: "Quero uma coca". Eu tinha acabado de me casar e porra, o cara não se enxerga? Eu respondi, em voz alta mas num português bem veloz: "Pede você a coca". E minha mãe pediu a coca dele.
Nem um sorriso, nem um abraço, nada.

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