Nessa casa escura do início de manhã, uma janela solitária traz um pouco da luz fraca de outono, fazendo um trapézio claro de amarelo em todo esse cinza. Limita o que vejo do invisível, e pra me ver é preciso passar, causando mais sombra, esquentando meu corpo.
É como se voltasse à vida toda vez que o sol beija minhas roupas, como se fizesse um barulho crepitante de minhas emoções. Ponho o pé na luz, vivo. Volto à escuridão, morto. Pulo nessa poça de luz.
Vivo. Morto. Vivo. Morto. Vivo. Vivo. Morto. Morto. Vivo. Morto. Morto. Vivo. Vivo. Vivo!
Essa vida é feita de pular em frente de janelas de luz.
somra e luz no Cardiotopia
13.4.03
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