31.5.03

A Broadway é aqui.

Eu só fui ‘a ópera uma vez na vida. Eu não vi Moulin Rouge. Eu evitei Evita, eu matei Romeu e Julieta. O musical não é meu gênero de cinema favorito, e eu fico feliz que a Disney tenha parado com as longas cenas cantadas nas suas animações (fora a Pequena Sereia, é claro). Minha mãe até tentou me aplicar no glamouroso mundo das falas cantadas, vi Ginger, Fred e tentei _juro _ gostar de West Side Story. Sei quase de cor a coreografia de Cantando na Chuva e me emocionei com Dançando no Escuro. Mas, mesmo nos melhores filmes, sinto um certo constrangimento quando as pessoas começam a cantar assim, do nada. Não faz o menor sentido e, além do mais, ninguém faz isso na vida real, certo?

Errado. Tenho em casa uma menina de sete anos que, num almoço prosaico pode, de repente, mandar um lá maior: _ô, meu amooor, me passa a batata, por favoooor! Ou dizer, meio hip hop: eu não sei, não sei, não sei, onde está meu caderno de ci ci ci ci ciências que eu preciso para as experi peri peri ências… Ou que, ‘as sete da manhã, sai de passinhos pequenos pela casa, com as palmas das mãos juntas cantarolando algo em japonøes fininho e ininteligível. Eu não sei de onde vem isso. Talvez venha de 1995, quando vi a Broadway com seus cartazes e ela ainda era uma coisinha pequena na minha barriga. Talvez seja porque os pais gostem de música. Ou talvez porque ela nascido assim: Nina, a menina que vive num musical.

Mothern

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