Ela estava chateada. Bem chateada. Triste pra burro. Tri triste. Nada com ele, ou quase. Decidiu ficar na dela, deitar cedo, afofar o gato e bater papo com uma amiga. Pediu que ele não viesse, não ligasse. Ela ligaria. Antes de dormir. Ia passar no salão de beleza, jantar, bater papo, ouvir música e depois ligar.
Óquei? Óquei. Entendeste? Tudinho. Ótemo.
Chegou antes do que previa e enquanto estava no banho, ele ligou e falou com a amiga. Tá no salão, né? Não, já chegou. Ah, hã, ah... Vou chamar. Não, não, não precisa. Desligou. Estranho, concordaram ambas. Será que ele achou que eu tava enrolando, que ia pra fubangagem?! Argh! Homens! Que ódio!
Meia hora depois, banho tomado, sentada na sala com a amiga, passos no corredor recém encerado.
Wick, ... wick, wick... wick, wick... wick, wick... wick. Os passos se detêm diante da porta.
Elas se entreolham.
Crashhh, cracsh, creshc. Barulho de papel celofane.
Pééééééééééééééééééé. Campainha.
Wick, wick, wick, wick, wick, wick, wick. Desabalada corrida corredor encerado afora.
Ela vai até aporta e abre. Um lindo buquê de rosas no chão. Um cartão. Dele.
Aaaaaaaaaaai que fofo.
E ela ficou o resto da noite olhando as flores com o sorriso mais besta do mundo na cara.
Argh! Mulheres!
"não discuto com o destino, o que pintar eu assino"
17.8.03
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