25.8.03

Eu liguei. O nome dela é Adriane, um negócio assim. Não fui logo dizendo que eu sou uma psicopata-alcóolatra assassina de namorados, dei uma enrolada. Não posso ir dizendo assim tudo de cara. Ela que descubra, é o trabalho dela. Só sei que eu, estarei sentada [ou deitada] no divã na semana que vem, diante de uma psicóloga. Rá! Claro que eu tenho preconceito, psicólogo é médico de louco não é? Porra, psicólogo parece aquelas coisas de gente que não tem o controle da própria vida. Opa! Acho que é aí que eu me encaixo! Não estou muito contente com isso, não estou otimista. Se ela me disser alguma besteira, eu procuro outra. Prefiro mulher. Não sei porque. Quer dizer, eu nunca fui num psicólogo, mas tem coisas que eu me sinto melhor dizendo a uma mulher. Que nem ginecologista. A maioria da mulherada prefere abrir as pernas nessa hora infeliz, pra homem. Eu não. Não e não! Estranho é a preparação psicológica que eu estou fazendo desde já, pra enfrentar a psicóloga. Não me incomoda dizer as coisas pelas quais eu passei recentemente, o que me incomoda é o passado, porque eu ainda tenho a impressão de que pelos acontecimentos recentes, eu possa fazer alguma coisa, mas o passado, parece algo tão perdido..

cata vento e montanha russa

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