29.9.03

Não-sei-quê.

Tenho o hábito besta de sorrir involuntariamente para algumas cenas do cotidiano. Sorrio um sorriso bobo, de lábios cerrados e olhos alegres. Me dá um não-sei-quê, um comichão, um bem-estar qualquer.

Passo tempo demais olhando para a tela do computador, para as impressões do papel, o arquivo cinza, os caracteres do teclado, minha bagunça por todos os lados da mesa... Posso ir a qualquer lugar e não sinto falta de lugar algum. Tanto tempo dentro, que quando olho pra fora todo detalhe se sobressai; parece mágico, doce e ao mesmo tempo triste, docemente triste. É assim que somos, é assim que a vida me parece. E me pergunto se aqueles que correm de um lado para o outro todo santo dia com a certeza de que sabem para onde estão indo, também sorriem à toa.

Amarula Com Sucrilhos

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