18.9.03

Ça va?

Bonjour a toute le monde,

Só agora consegui um computador com internet para poder mandar notícias. E com as letras do teclado em outra ordem para dificultar ainda mais... Enfim, acabei vindo diretamente para Paris, pulando Amsterdã. Era isso ou passar dois dias na Holanda enquanto nossas malas se divertiam na França. Preferi seguir minha mala... Ça va, ça va!

Viajar com passagens de cortesia não é tão divertido quanto parece, já que você só entra no avião se tiver sobrado algum assento. No aeroporto de Cumbica, a mocinha da KLM nos animou dizendo que as chances de embarcar eram bem pequenas. Mesmo desanimados (eu e mais três colegas) com a possibilidade de ter que voltar para casa sem cantar a Marselhesa, seguimos todos os tramites burocráticos e 15 minutos antes do embarque ouvimos um atendente da KLM perguntar pelo rádio: "Posso liberar o pessoal aqui?", o que poderia querer dizer "mandá-los embora" ou "mandá-los embarcar". Felizmente era segunda opção.

Durante o vôo, outro purgatório foi aguentar uma mulher que parecia irmã do Agnaldo Timóteo e que curtia falar bem alto enquanto os outros tentavam dormir. Para pegar nossa conexão no aeroporto de Amsterdã houve o mesmo suspense de embarca-não-embarca. Mas aí já estávamos na Europa, onde qualquer roubada vale. Emfim, 11 mil quilometros depois e 15 horas (mais as 5 horas de diferença de fuso horário), praticamente sem ter dormido, chegamos a Paris.

Se tudo o que contei até agora era para que vocês não ficassem com inveja, agora tenho de contar que aqui o tempo está fantástico. Nenhuma nuvem no céu, tempo muito agradável (o calorzão que levou muitos velhinhos já passou) e ainda anoitece depois das 20h. É incrível ver como a paisagem e o clima da cidade muda entre as estações. Quando vim pela primeira vez era fim de inverno e as ruas estavam bem mais vazias e, as árvores, descabeladas. Champs du Mars agora está cheio de gente sentado na grama tomando aquele sol e aquele vinho.

Só as francesas que têm me incomodado. Nenhuma delas até agora me deu a mínima e isso me incomoda bastante. Me apaixono diariamente por várias delas mas as traio logo em seguida quando aparece outra beldade fazendo beicinhos e esbanjando sensualidade com seu trajes de fim de verão.

Por outro lado, tudo está muito caro. Corrigindo, nosso dinheiro é que não vale nada. Qualquer refeição básica aqui não sai por menos de 10 euros ou cerca de 33 reais. E não precisa muito para ir além disso. Assim, tenho disputado avidamente com os pombos pelas as migalhas que os velhinhos deixam cair.

Os franceses já não são exatamente os mesmos. A molecada parece ser da MTV, todo mundo usa tênis e abusa do celular, e RAP é super popular por aqui. Por outro lado, continuam a fumar doentiamente e não acreditam em cinzeiro. Lugar de bituca é no chão. Ao entrar num lugar para comer evite olhar para baixo. Além disso, eles não perderam o hábito de falar mais rápido quando percebem que você não fala bem francês.

Não tenho como mandar fotos agora, mas já acumulei centenas delas e mais videozihos que a câmera digital faz. E nos últimos dis descobri que de noite é o melhor horário para fotografar Paris. Se a KLM deixar, devo voltar dia 19. Se de errado, o máximo que pode acontecer é ter que passar um ou outro dia em Amsterdã até conseguir embarcar.

Bem, é mais ou menos isso. Confesso que não estou com saudades, porque nem vai dar tempo para isso.
Au revoir. Ne me quiche pas!

P.S. - Nada de Philipe Ledoux até agora.

viagem chez nigro

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