27.1.04

keep walking

Aquela pernada, da estação Clínicas até a Consolação, foi o tipo da coisa desnecessária. A distância não é tanta, o problema eram os malditos scarpins-bico-fino-estilo-maria-clara. Às vezes, penso mesmo que tem coisas exdrúxulas que só eu sou capaz de fazer.

Mas o melhor é que eu desisti a tempo da indiada de ir até a José Paulino, às 4 da tarde, me estapear com os transeuntes em busca de ofertas, e fui subindo a Teodoro Sampaio, ao léu. No meio do caminho, não é que tinha uma Pç. Benedito Calixto? A (minha) perdição! Alguns minutos precisosos daquela tarde de vardi foram gastos enfurnados naquelas lojas-fetiches, tendo convulsões de desejos consumistas. Comprei uns badulaques e balangandans pra casinha e segui meu caminho.

Logo (e com os pés pedindo arrego) cheguei à Hadock Lobo, achei o prédio e fiquei à espera.

(...)

Conheci o apê aconchegante do GUIU, pertinho da Paulista, onde ele reúne os amigos vez que outra e faz aquelas coisas gostosas que ele fala no blog. Exatamente igual ao que eu imaginava. Enquanto ele tomava um banho rápido, pude ouvir um pouco de The Trills. Realmente bárbaro.

Meu amigo me poupou de mais uma pernadinha e fomos de metrô até a Fnac. Aquele lugar é o paraíso! E, ok, eu queria chorar a cada livro maravilhoso que via na prateleira e lembrava que eu continuo sendo uma proletária fudida. Ó vida. Mas vamos adiante.

De lá, rumanos pro restaurante preferido do GUIU - o Mestiço - onde a Joice nos esperava.

O fato é que não há coisa mais gostosa que rever os amigos. Nessa ida rápida, não poderia deixar passar a oportunidade de ver esses dois, especialmente. E foi realmente muito legal juntá-los na mesma mesa. O GUIU, como todo mundo sabe, foi meu professor na Ufal. E a Joice, minha sócia na antiga empresa aqui em Porto Alegre. Tudo o que eu aprendi na faculdade, teoricamente, sobre assessoria de imprensa, aprendi com ele. O resto, tudo o que sei hoje, foi a Joice que me ensinou nos primeiros tempos de Fácil e com o convívio. Troca de impressões sobre o jornalismo, as cidades, a vida...

Depois do jantar gostoso, parti com a Joice (e o Leandro) pra Vila Madalena e conheci o que deve ser o bar mais legal da boemia paulistana: o Ó do Borogodó . Ouvimos um "chorinho de mesa" (? ), encontramos o Pato e uma alma sebosa ainda apareceu, tentando dizer algo como "vocês são a Elis Regina e a Nara Leão". Céus!

No fim de tudo, o Zaca ainda apareceu. Totalmente easy rider. Acho que estava descendo pro litoral, encontrar a Nê o Backbone...

No outro dia, cedinho, rumava de volta pra Porto Alegre. Cheguei embaixo de chuva. E fui pra casa com aquela vontade boa de voltar a Sampa sempre que puder.

Batendo perna em Sampa no Monomulti

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