"E o enriquecimento dos homens ocorre de seis maneiras: pela mendicância, pelo serviço ao soberano, pela agricultura, pela aquisição de conhecimentos, pela usura ou pelo comércio."
(de uma fábula indiana)
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Por falar em indianos, eles são um dos povos mais interessantes. Eu e meu pai fizemos umas aulas de sânscrito. Não sei nem escrever meu nome. Não que a aula não tenha servido para nada: comecei a achar o grego fácil. Meu pai, que aprendeu umas coisas, diz que resolveram colocar as regras de gramática de todas as línguas no sânscrito: singular, plural e dual nos nomes e verbos, uns 10 casos para os nomes, ao contrário dos 5 em grego e 6 em latim, um alfabeto de 50 letras e as intermináveis regras de sandhi - algo como ser obrigado escrever "d'oiro" no lugar do tradicional "de ouro" de vários jeitos possíveis, em vários casos diferentes, para que a pronúncia fique mais adequada.
Não é só a língua. Nosso professor, que já morou um tempo na Índia, disse que um amigo seu foi espancado por uma gangue de macacos. Sério.
E, se um asceta indiano resolvesse ler Santa Teresinha não ia entender nada... "pequeno caminho", pequenos sacrifícios? Isso é sânscrito para eles. Vi a foto de um sujeito que está com a mão direita levantada faz uns 10 anos. Perguntei para meu professor se isso não cansava um pouco e ele disse que não: "depois de um ano o braço calcifica, não dá mais para abaixar". Ah bom...
Noites áticas
12.2.04
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