7.4.04

Eu que não sei da tua vida, não ganho tuas noites de presente, eu que não vejo teus sorrisos de despedida. Eu que não me permito a morte por afogamento nos pêlos do teu peito, nem adivinho surpresas no teu olhar, eu que não saio daqui nesse exato momento e não te levo pra caminhar no sol, na chuva, no vento. Eu que não te faço comida, eu que não te dou a medida do que em mim consome. Eu que não espero teus passos no corredor, não te chamo de meu amor, eu que não digo teu nome. Eu que não vivo e vou morrendo de fome.

Não Discuto

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