15.1.06

conversas furtadas

CAMELÔS EM PORTO ALEGRE
— É isso ái, o Brasil não tem cultura.
— Educação.
— É, o Brasil não tem educação.

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J'ACCUSE!
— Vitória, conta pra tia: tá contente com o bebê que vai nascer?
— Sim, já escolhi os nomes: Bruna, Nicole ou Monique!
— Lindos! mas tem que escolher nome de menino também!
— De menino, só gosto de João Vitor!
— Mas a tua mãe falou em Vitor Hugo.
— Não, Vitor Hugo não pode ser, porque Vitor Hugo não é nome de bebê, é nome de homem.

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CIDADANIA
— A vida é minha e você não pode se meter, mãe.
— Filho, você só tem 7 anos.

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METRÔ
— Meu computador é como a minha calcinha. Mais íntimo, até.

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UM ELEVADOR MUITO LOUCO
— Deixa ver... Eu vou descer no segundo.
— ...
— Eu vou com o senhor até o sétimo, porque o senhor está de camisa verde. Depois eu volto para o dois.
— Ah, tá...
— Verde é a cor de São Jorge.
— Ah, é? Eu gosto de verde.
— Mesmo? Quem sabe o senhor tem mediunidade?
— É, nunca se sabe...
— É.
— Bom, uma boa noite para a senhora.

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ÁLBUM DE FOTOS
— Você não achou aquela foto medonha?
— Que foto?
— Essa que você ficou olhando um tempo e acabou de passar de folha...ó, essa aqui.
— Ahn...
— Credo, essa menina não parece um traveco?
— Hahaha! Não quis dizer porque é chato, mas eu pensei exatamente a mesma coisa.
— Nossa, muito feia essa menina.
— É! E essa mulher aqui também parece um... Credo! Coisa medonha.
— Essa é a minha mãe.

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BRINCOS NOVOS
— Não, nessa farmácia eles também não furam orelha. Disseram que tem de ser em "farmácia mais simples", ou seja, mais vagabunda.
— Mais vagabunda?
— É, tipo essa aqui, só que pior.

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ATÉ NA PADARIA
— Amor, diz que eu posso fazer uma coisa antes de saber o que é?
— Não.
— Ah, deixa, vai!
— Não.
— Deixa eu espremer.
— Não. Não quero que tu esprema.
— Mas eu quero que tu fique bonito. Tá feio assim.
— Deixa ficar um pouco feinho.

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